Trabalhadores rurais e assentados ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fizeram, nesta quarta-feira (16), ocupações e protestos em oito estados e no Distrito Federal, dentro da Jornada de Lutas pela Reforma Agrária. Os manifestantes exigem o assentamento das 150 mil famílias acampadas no país e investimentos públicos na produção agrícola e habitação em assentamentos. As informações são do MST.
Houve ocupações em Brasília, onde cerca de mil trabalhadores rurais entraram na sede da Caixa Econômica Federal (CEF). Em Porto Alegre (RS), trabalhadores ocuparam o prédio do Ministério da Fazenda e da Secretaria da Agricultura. Eles pedem a desapropriação de uma fazenda ocupada em São Gabriel.
Em Pinheiros, Pancas, Santa Teresa, Cachoeiro de Itapemirim, São Mateus e São José do Calçado, todos no Espírito Santo, houve mobilizações em agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Em Santa Catarina, foram cinco as mobilizações em frente a agências dos dois bancos, em Rio Negrinho, Canoinhas, Curitibanos, Caçador e em Lebon Regis. Uma marcha que saiu de Xanxerê, com 500 pessoas, foi até o trevo de Chapecó.
Em Pernambuco, cerca de mil sem-terra ocuparam pela manhã a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Recife. Também foi ocupada a sede do Incra em Petrolina. Em São Paulo, sem-terra ocuparam uma unidade da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Bauru.
Integrantes de entidades que compõem a Comissão Estadual dos Hortos, formada pela Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp), Federação da Agricultura Familiar (FAP), Organização de Mulheres Assentadas e Quilombolas do Estado de São Paulo (Omaquesp) e MST entraram no hall da Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo. Eles reivindicam um programa público de preservação ambiental em áreas de assentamentos em hortos florestais.
Em Alagoas, manifestantes ocuparam a entrada do Porto de Maceió em defesa da reforma agrária. O MST pede abertura de negociação com o Governo do estado quanto a terras do antigo Produban (Banco do Estado de Alagoas S.A). Em Junqueiro, uma área de 400 hectares foi ocupada.
Em Goiás, foi ocupada uma fazenda em Crixás, e 180 famílias fizeram um protesto na BR-153, perto de Porongatu. No Rio de Janeiro, cerca de 150 trabalhadores rurais interditaram a Via Dutra, na altura do quilômetro 242, sentido São Paulo

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