O servidor público Walter Loschi perdeu cerca de R$ 62 mil após cair em um golpe bancário no último dia 27. De acordo com a reportagem de O Tempo, Loschi explicou que recebeu um telefonema informando que seu cartão de crédito havia sido clonado.

Os suspeitos, que se passaram por funcionários do Banco do Brasil, orientaram o servidor e lhe ofereceram ajuda para resolver a situação. O homem conta que os golpistas sabiam vários dados sigilosos e bancários, o que acabou fazendo com que ele acreditasse que realmente se tratava de um protocolo do banco. 

“Eles me disseram para ligar para a central de atendimento, no número que estava atrás do meu cartão de crédito para esclarecer a situação”, lembra. A orientação dada pelos golpistas indicava, ainda, que ele deveria utilizar o telefone fixo para que o banco pudesse confirmar que ele estava realmente em Belo Horizonte. “Eles haviam me dito que o cartão tinha sido clonado em Vitória, no Espírito Santo”.

Durante o telefonema, os golpistas afirmaram que o cartão precisaria passar uma perícia que um motoboy iria buscá-lo na residência de Loschi. “Ele estava identificado, tinha uma carteira funcional do banco e, como eu não havia passado a minha senha em nenhum momento, não achei que fosse acontecer algum tipo de golpe”, afirma.

A surpresa veio quando ele se deparou com quatro compras, duas feitas no débito e duas no crédito, uma delas no valor de R$ 55 mil, quantia que ultrapassa o limite disponível no cartão do servidor. 

Loshi afirma ainda que entrou em contato com sua gerente e que ela lhe informou que esse tipo de golpe realmente podia ocorrer. “A minha indignação é que o banco sabe que esse tipo de golpe acontece, então por que não adverte os clientes que eles correm risco ao usar o telefone fixo?”, questiona. 

Investigações 

Além de ter entrado em contato com o banco, o servidor buscou outros canais para resolver a situação. O caso foi denunciado para a Polícia Civil. Loshi procurou também o Ministério Público e o Banco Central.

Por acreditar que o seu telefone possa ter sido grampeado durante a ligação à central bancária, o servidor também entrou em contato com a Oi, operadora de seu telefone fixo. 

Walter pretende acionar também a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, já que várias de suas informações estavam disponíveis para os golpistas. “Eles sabiam o meu endereço atual, o meu endereço anterior, o número de cartões que eu tinha e quais eu não utilizava. Eles sabiam tudo”. 

Fonte: O Tempo

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