Pelo menos 700 trabalhadores do transporte público em Belo Horizonte contraíram o novo coronavírus, 10% dos cerca de 7 mil profissionais representados pelo Sindicato dos Rodoviários de BH. 

Diante dos flagrantes diários de ônibus lotados rodando pela capital, o presidente do sindicato, Paulo César da Silva, pede condições de trabalho mais seguras. Ele entende que deve haver mais fiscalização. “Nesse momento de pandemia não podemos esquecer que o sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte vem a muito tempo sucateado e piorou agora com a pandemia, devido à redução de quadro de horários, de funcionários, de viagens, por isso o transporte passa a andar mais lotado e com isso [aumenta] o risco de contaminação tanto para usuários como também para os nossos operadores.”

O sindicato defende ainda prioridade para os trabalhadores do transporte público na imunização contra a Covid-19. Um ofício solicitando essa prioridade foi encaminhado à Secretaria de Saúde de BH. “Logo no início da pandemia o sindicato enviou um ofício a Prefeitura de Belo Horizonte pedindo agendamento de uma reunião para que a gente pudesse tratar o operador do transporte coletivo como prioridade também, até porque ele é linha de frente, mexe com dinheiro, transporta vários passageiros durante o dia, então é um risco iminente.”

Em nota, a prefeitura de Belo Horizonte diz que segue as orientações do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde, e que o município não tem autonomia para alterar as ordens de público prioritário indicadas pelo governo federal. Ainda segundo a prefeitura, é imprescindível que novas remessas de vacinas sejam entregues para a ampliação dos grupos definidos para a imunização.

Ainda na nota, o município destacou medidas para evitar a contaminação nos ônibus e disse que já aplicou mais de 24 mil multas nas empresas responsáveis pelo transporte público em BH. Os passageiros podem registrar reclamações no site da prefeitura e no Twitter da BHTRans.

Fonte: Itatiaia

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