Por volta de 9h30 de quinta-feira (24), a equipe do jornal Nova Imprensa esteve no Pronto Atendimento Municipal (PAM) para averiguar, mais uma vez, a situação no local.
O número de pacientes aguardando no ?corredor de espera? era grande. Cerca de 40 pessoas ali estavam, na esperança de serem atendidas, a maioria, desde às 7h, conforme constatado.
A situação precária do local, infelizmente, é a mostra do cuidado e da prioridade do governo para com a saúde pública. Maca e porta enferrujadas, banheiros para o atendimento público sem a menor condição de uso, inclusive sem trincos, o mínimo que se exige.
Apenas um médico (Ives Ávila de Oliveira) estava de plantão, na manhã de quinta-feira.
Com a greve dos médicos que atendem nos PSFs (atendimento apenas em alguns, com horário reduzido) e a renovação a cada mês das promessas de inauguração da UPA, a população que depende do atendimento público, já vem dando mostras de sua total descrença nas promessas do prefeito que fez da melhoria no atendimento à saúde, sua principal bandeira de campanha.
A par disso, nos postos de saúde, não faltam só médicos: medicamentos e materiais básicos e indispensáveis há muitos meses não frequentam as prateleiras. Nas redes sociais, são frequentes as reclamações de que até mesmo fitas para um simples e corriqueiro exame de glicose, estão em falta.
Há mais de três meses, um usuário do posto de saúde do Centro não tem acesso aos medicamentos Sinvastatina e Losartana de uso contínuo. Por duas vezes, o problema foi denunciado nas páginas do Nova Imprensa e esta semana veio a confirmação que tantos meses depois tudo continua da mesma forma.
Na Prefeitura
Quando foi feita, pela segunda vez a denúncia da falta dos medicamentos no posto do Centro, em matéria veiculada no mês de março, a Secretaria de Comunicação enviou a seguinte nota: ?O Governo Estadual é o responsável por enviar esses medicamentos, de três em três meses, à Secretaria Municipal de Saúde. Porém, as entregas estão muito atrasadas e, desde o ano passado, a cidade não recebe essas medicações. O Governo Estadual explica que está regularizando as entregas. A população tem acesso gratuito a esta medicação por meio das farmácias populares?.
Uma nova explicação foi pedida, e a justificativa continua a mesma, mas dessa vez, é dado o prazo de duas semanas para o retorno no fornecimento dos medicamentos. Segundo nota ?Quanto aos medicamentos Losartana e Sinvastatina, a Secretaria de Estado da Saúde informou que já regularizou a situação e que, no máximo, em duas semanas, irá entregar esses medicamentos ao município e, assim, eles serão novamente disponibilizados à população?.
Medicamentos de distribuição gratuita para hipertensos, diabéticos e outros atendidos por programas dos governos, inclusive certos tipos de vacinas, igualmente estão em falta. Notas emitidas pela comunicação oficial informa que o problema vem dos governos estadual e federal e que, esta administração reafirma seu compromisso de bem atender a nossa população. Acredite quem quiser!

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