Uma mulher de 36 anos morreu após uma cratera “engolir” o veículo que ela estava. O caso ocorreu na noite dessa terça-feira (28), no quilômetro 21 da rodovia MG-133, entre as cidades de Coronel Pacheco e Tabuleiro, na região da Zona da Mata mineira. Com isso, sobe para 54 o número de mortos em incidentes relacionados às chuvas em Minas Gerais, e uma pessoa continua desaparecida em Conselheiro Lafaiete.

De acordo com a Defesa Civil de Tabuleiro, sob o asfalto havia uma galeria pluvial que não comportou o volume da chuva. Uma cratera de 15 metros acabou se abrindo e engolindo dois caminhões e dois carros, sendo que em um deles estava a vítima.

Segundo as autoridades locais uma das causas poderia ser o rompimento de um açude, mas não há confirmação. 

Ainda conforme os militares, as buscas atravessaram a madrugada e o corpo foi localizado a cerca de um quilômetro da cratera. A vítima estava no carro junto como marido. Ele teria dito aos militares que ela não sabia nadar e foi levada pela correnteza. 

Outras seis pessoas, que estavam nos veículos, sofreram ferimentos e foram levadas para hospitais em Ubá, Rio Pomba e Juiz de Fora.

No final da manhã, máquinas já trabalhavam no local para desobstruir a galeria. No entanto, a MG-133 segue completamente interditada na altura do quilômetro 21.

No estado, os primeiros óbitos ocorreram entre os dias 23 e 24 últimos. Ou seja, há apenas sete dias, no máximo. O que significa uma média diária de 7,5 óbitos causados por deslizamentos de terra; desmoronamento de construções; alagamentos; transbordamento de rios e quedas de árvores. Este número, no entanto, já pode ser maior, pois há duas pessoas desaparecidas, uma em Conselheiro Lafaiete, outra em Tabuleiro.

De acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil estadual às 10 horas de hoje, o maior número de vítimas fatais foi registrado em Belo Horizonte, onde o total de mortos já chega a 13. Em seguida vem Betim (6); Ibirité e Luisburgo (5, em cada). Quarenta e duas pessoas morreram soterradas e 11 afogadas ou por outras causas, após serem arrastadas pelas águas.

O último levantamento indica que há, em todo estado, 38.703 pessoas desalojadas, ou seja, que tiveram que deixar suas casas e, provisoriamente, se alojar na casa de parentes ou amigos. Outras 8.157 pessoas, sem ter para onde ir, buscaram abrigos, na maioria das vezes improvisados em escolas ou igrejas.

Previsão

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que, hoje, o céu continuará nublado, com chances de pancadas de chuva e trovoadas em boa parte de Minas Gerais. A Zona de Convergência do Atlântico Sul, fenômeno que está favorecendo as condições para a ocorrência de temporais no estado começa a perder força. Por isso, é esperado chuvas menos intensas, a começar pelas regiões Norte e Leste de Minas – embora a precipitação possa se intensificar nas regiões Oeste e Sul.

As Defesas Civis pedem que, em caso de chuvas fortes, as pessoas que moram em áreas propensas a alagamentos deixem suas casas e procurem um lugar seguro. Além disso, as pessoas em geral devem evitar transitar ou encostar carros próximos a encostas; monitorar permanentemente as construções erguidas em ou perto de encostas, ficando atentas ao surgimento de trincas ou rachaduras e evitar movimentar a terra durante o período em que o solo estiver encharcado. Além disso, é possível pedir ajuda à Defesa Civil em caso de dúvidas ou de perigo iminente.

 

Fonte: Hoje em Dia/Agência Brasil ||
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