A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, nesta sexta-feira (30), que investiga 78 casos suspeitos de sarampo em Minas Gerais. Desse total, “existem cinco casos que muito provavelmente serão confirmados, mas que ainda necessitam de percorrer etapas da investigação e protocolos que impedem esta classificação até o momento”. Com isso o número de confirmações pode chegar a nove. Quatro casos foram confirmados até agora.

Os números constam no boletim epidemiológico divulgado pela pasta e mostram que, com relação à semana passada, foram registrados mais 23 casos suspeitos da doença, em um intervalo de sete dias. Até o dia 22 de agosto eram 55 notificações sendo investigadas.

Os casos com fortes indícios de confirmação estão em Viçosa, Uberlândia, Passos, Itaúna e Jundiaí, em São Paulo, mas o paciente foi atendido em Belo Horizonte. Todos, conforme a SES, apresentaram sintomas compatíveis com a suspeita, tiveram contato com pessoas ou são residentes em São Paulo e já possuem os exames iniciais reagentes. O Estado garantiu que realizou o bloqueio vacinal dos cinco casos interrompendo, assim, a cadeia de transmissão da enfermidade.

Imunização

Bebês de 6 meses a um ano, que antes não eram imunizados contra a doença, estão recebendo a dose zero da vacina. O antivírus pode ser aplicado em qualquer posto de saúde do Estado.

Casos confirmados

O primeiro caso confirmado é de um italiano, residente em Betim, com história de viagem recente à Croácia e à Itália nos meses de dezembro de 2018 e janeiro de 2019. O genótipo identificado na amostra do italiano foi o D8, que está distante geneticamente dos casos de D8 identificados nos demais surtos de 2018 no Brasil. Sendo assim, esse caso é considerado importado. 

O segundo caso confirmado é de um adulto jovem, de 25 anos, sem comprovante vacinal, residente em Contagem, na Região Metropolitana, e que saiu de Trindade (PE) no final de janeiro. O genótipo identificado na amostra foi o D8, com características do genótipo do italiano. 

Já o terceiro é de uma criança de um ano, vacinada em novembro de 2018 e moradora de Belo Horizonte. Ela teve deslocamento para a cidade de Carmópolis de Minas e para a casa da avó, em Contagem, no período de incubação da doença. O caso está possivelmente relacionado aos anteriores, de acordo com o período de transmissibilidade. 

A mesma hipótese também é levantada em relação ao quarto caso, o de uma adolescente, de13 anos, portadora de Lúpus, moradora da capital. Ela esteve em Porto Seguro (BA) e Almenara (MG) em janeiro. 

Em todos os casos, a Secretaria informa que o bloqueio vacinal foi realizado, contribuindo para a interrupção da cadeia de transmissão e não aparecimento de casos secundários.

Sobre a doença

O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. A doença começa inicialmente com febre, manchas avermelhadas pelo corpo, sintomas respiratórios e oculares. Também incluem tosse, coriza, rinite aguda, conjuntivite, fotofobia (aversão à luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral). 

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode se manter em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes.

 

Fonte: Hoje em Dia ||
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