O dia 26 de julho foi o Dia dos Avós. E eu estou muito feliz, eu sou muito feliz por isso. Antes, quando me perguntavam quem eu era, eu respondia quem era: nome, profissão, nacionalidade, etc. Hoje, não. Hoje posso responder que sou avô, sou avô do Rio. Agora sou alguém. Sou avô do Rio. Quer privilégio maior?


Sou pai de Fernanda e de Daniela e agradeço a Deus pelas minhas filhotas, pois elas trouxeram a plenitude, a razão para viver. E agora as filhotas estão trazendo os netos e Rio já chegou, dando-nos, a mim e a Stela, novas maneiras de sentir, de ver a vida, de viver.


Que seria de nós se não fosse Rio, o nosso neto iluminado, nosso anjo bom, nessa pandemia horrenda? Ele chegou antes da pandemia e nos ajudou, com a sua companhia, a enfrentar o confinamento, o isolamento, a solidão, que não nos alcançaram porque ele estava conosco. Fomos até morar em Lisboa, porque Rio nasceu lá. E enquanto estávamos com ele, ficávamos em casa, mas não sentíamos o tempo passar, a pandemia ficava lá fora, porque Rio estava conosco, inundando a gente de avozice, de alegria líquida e pura, de ternura.


Ser avô é reviver o primeiro beijo de um filho, é reviver a primeira vez que um filho chama a gente de pai. E isso só é possível com um neto chamando a primeira vez a gente de “vovô”. Outro dia, numa teleconversa com Rio, via Facetime, eu não estava aparecendo na tela e ele disse para a mãe: “mãe, quero vovô!” Só quem é avô ou avó sabe o que é isso. Ontem, Dani, a mãe do Rio disse que, do nada, durante o dia, ele chamou “vovô!”. E aí eu fico como? Feliz e agradecido por ser avô de Rio. Fico torcendo e pedindo a Deus que essa pandemia diminua para que Portugal abra para turistas e eu e Stela possamos ir para ficar com o neto de novo.


Estamos longe do Rio, neste dia dos Avós, e faz muita falta não poder abraçar, beijar, apertar, estar junto. Meus braços não valem nada sem esse abraço.

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