O senador Tião Viana (PT-AC) assume na segunda-feira a presidência do Senado no lugar de Renan Calheiros (PMDB-AL). O peemedebista anunciou ontem que está se licenciando do cargo por 45 dias.
Viana disse que sua primeira missão será trabalhar para pacificar a Casa e posteriormente reunir os líderes já no início da semana para definir procedimentos para a retomada dos trabalhos legislativos.
Tião Viana é irmão de Jorge Viana (PT), ex-governador do Acre, e tem uma relação muito próxima com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os senadores, o petista também tem um bom trânsito, tanto na base aliada como na oposição.
Viana, 46, nasceu em Rio Branco (AC) em 9 de fevereiro de 1961 e em 1986 se formou em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Pará. Atualmente é especialista em doenças tropicais. Nos intervalos das votações no plenário do Senado, o petista costuma ler livros científicos sobre sua área.
No mês passado, ele admitiu que uma de suas assessoras –Silvania Gomes Timóteo– trabalha no PT com o tesoureiro do partido, Paulo Ferreira.
Na ocasião, Viana disse que não havia irregularidade na contratação da funcionária –que recebe um salário de R$ 6.773,41 e mais auxílio alimentação de R$ 560 no Senado– nem nas atividades que desempenha no PT.
O senador foi um dos responsáveis pela assinatura da medida provisória que autoriza pensão vitalícia, no valor de R$ 750,00, para as pessoas que foram confinadas em colônias.
Nos últimos dias da crise no Senado, o petista passou a defender o afastamento de Renan dizendo que o clima na Casa estava muito difícil e que qualquer negociação estava impraticável.

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