Uma corrida contra o tempo marca a luta para dar conta de atender pacientes com o novo coronavírus em Minas Gerais. Em apenas sete dias, as notificações suspeitas saltaram 1.583%, passando de 703 em 18 de março para 11.832 até ontem. São 130 doentes no Estado, conforme o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde (SES).

A procura por assistência médica deve crescer não somente para Covid-19. A chegada do outono, na sexta-feira passada (20), também potencializa os perigos das enfermidades respiratórias, devido ao ar mais seco, alertam especialistas.

Hoje, mais uma unidade de saúde para pacientes com doenças respiratórias passa a funcionar em Belo Horizonte, que concentra 87 pacientes com coronavírus. De acordo com a prefeitura, os profissionais estarão alocados no segundo andar da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Venda Nova.

Também nesta quarta-feira, um hospital provisório com 800 leitos começa a ser construído pelo governo do Estado em um galpão de 18 mil metros quadrados, no Expominas, na capital. Há previsão de mais cem vagas de alta complexidade, a serem abertas em um anexo ao local. O início das operações não foi informado.

Parte do dinheiro virá de doação da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), informou o governador Romeu Zema, durante entrevista coletiva concedida ontem. Os recursos, segundo ele, são oriundos do patrocínio que a entidade iria destinar a feiras suspensas por conta da pandemia.

Despesas

Até agora, as iniciativas para conter a Covid-19 em todo o território são estimadas em R$ 500 milhões. “O Estado já estava em uma situação financeira difícil e vai piorar”, destacou o secretário de Planejamento, Otto Levy.

Na tentativa de amenizar a sobrecarga no sistema de saúde, o titular da SES, Carlos Eduardo Amaral, disse que até o hospital filantrópico Mário Penna, também em Belo Horizonte, poderá ser usado na assistência aos doentes com o novo coronavírus.

Lá, são cerca de 50 leitos. “A estrutura da enfermaria é grande, e precisaremos apenas contratar os recursos humanos”, informou o secretário de Saúde.

Interior

Já no interior, a Polícia Militar (PM) busca leitos ociosos em cidades como Uberlândia (Triângulo), Barbacena (Central), Juiz de Fora (Zona da Mata) e Divinópolis (Centro-Oeste). “As vistorias são feitas em várias unidades”, complementou Romeu Zema.

Fonte: Hoje em Dia

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