Depois de lidar com chuvas fora de época, inclusive com temporal de granizo, moradores de Belo Horizonte começam a sentir os efeitos do tempo seco. Nesta segunda-feira (13), a capital mineira ficou em estado de atenção. Os índices ficaram abaixo de 30%, o que pode provocar danos à saúde, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No interior de Minas Gerais a situação foi ainda pior. Moradores de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, viveram um clima semelhante à de deserto. A umidade relativa do ar chegou a 11%, o que já é estado de emergência. Em Formiga os índices chegaram a 38%.

A baixa umidade está sendo provocada por uma massa de ar seco que está sob o Estado. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), mostram que Belo Horizonte ficou em estado de atenção. Na tarde desta segunda-feira, os índices chegaram a 28% na Pampulha. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o índice entre 21% e 30% como estado de atenção; entre 12% e 20%, de alerta, e abaixo de 12%, estado de emergência. O índice considerado ideal é 60%.

O tempo seco pode causar danos aos humanos e a natureza. “A massa de ar seco que estabelece nesta época do ano, faz baixar a umidade relativa do ar e, consequentemente, favorece a incêndios e problemas respiratórios”, afirma o meteorologista Claudemir de Azevedo, do Inmet.

A situação no interior de Minas Gerais é ainda pior. Os índices chegaram a 11% em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. “É uma umidade bastante baixa. Até fizemos um aviso meteorológico para o patamar mais crítico. O clima se assemelhou ao deserto, onde temos 10% de umidade relativa do ar. Foi o dia mais seco do ano”, disse o especialista.

Para os próximos dias, segundo o Inmet, a umidade relativa do ar deve ficar entre 30% e 20% no período da tarde nas regiões Noroeste, Norte, Triângulo Mineiro, Central Mineira, Metropolitana, Oeste e Sul.

Cuidados

Com o tempo seco, o período recomendado para a prática de atividades físicas é antes das 10h e após as 17h. Outras orientações são usar roupas leves, fazer refeições leves, incluindo frutas e verduras, além de usar sombrinha ou guarda-chuva para andar nas ruas no período mais quente. A hidratação deve ser reforçada para as crianças, com a ingestão de bastante líquido. Os idosos também exigem atenção, pois são suscetíveis a problemas respiratórios. Para reduzir as consequências do clima seco, a receita é investir na hidratação, consumindo muitos líquidos e lavando o nariz com soro fisiológico, além de hidratar a pele.

 

Fonte: Estado de Minas ||

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