Nó górdio, metáfora que define um problema insolúvel. A origem da expressão remete ao século VIII A.C. quando Górdio, um humilde camponês assumiu o reinado de Frígia. Para não esquecer sua origem pobre, deixou sua carroça amarrada a uma coluna, no Templo de Zeus, com um nó impossível de ser desatado. Diz a lenda que esse nó foi desatado por Alexandre o Grande, com um golpe de espada. Por isso a expressão “cortar o nó górdio” significa resolver uma questão complexa de maneira simples e eficaz.
E foi exatamente isso o que fez o secretário de Gestão Ambiental, Leyser Rodrigues de Oliveira quando, convidado a comparecer à Câmara Legislativa para se submeter à tradicional sabatina em que seria cobrado sobre o tema; “excesso de mato e sujeira que vem se acumulando em nosso município”, com maestria, proferiu uma verdadeira aula em que analisou e discorreu com profundidade sobre: riscos de depleção de oxigênio na Lagoa do Fundão, demonstrando a causa do que hoje se verifica na lagoa e nos preocupa,apontando para, quem sabe, uma solução que a bem da verdade, nem ele, técnico e conhecedor do assunto pode garantir que seja de todo, viável.
Com a projeção de slides e se valendo da linguagem que só os mestres dominam, o secretário, com muita classe, puxou o tapete de tantos quantos de dentro do recinto reservado aos edis, da plateia ou pelas redes sociais, talvez aguardassem a hora em que a prensa funcionasse em torno do assunto que, segundo a convocação, era o que mais interessava à população.
É óbvio que um ou outro vereador tentou centrar suas falas dentro daquilo que entendeu como razão do convite, mas, recebida a resposta do convidado, de acordo com o pensamento do presidente, não lhe cabia a réplica e aí…
Mas, ainda que o objetivo expresso no convite não tenha sido atingido, é importante deixar claro que todos quantos ouviram a “palestra” do secretário Leyser, certamente enriqueceram seus conhecimentos sobre os problemas pelos quais passam nossas lagoas, em especial a do Josino, e, certamente, se somarão aos que buscam uma solução que nos permita imaginar que aquela maravilha ainda possa um dia vir a ser salva.
Se as gerações passadas, conforme afirmou o secretário, não foram capazes de detectar o que durante décadas anunciou a morte prematura da lagoa, a atual, tem e pode por meio do conhecimento e da vontade política que ele garante hoje existir, vir a fazer algo em defesa da manutenção daquela dádiva da natureza.
Técnica e conhecimento não faltam ao atual secretário e se o andar da carruagem não obrigá-lo a se desviar do norte por ele mesmo apontado, talvez esta geração tenha condições de deixar para as futuras, a lagoa devidamente ressuscitada!
O nó górdio que herdamos, ainda pode vir a ser desatado, assim como, ocorreu na segunda-feira (10), naquela memorável reunião ordinária do Legislativo.
Leyser tem a “manha” para tal. Confiemos nele!

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