No próximo dia 13 de agosto, às 10h30, na Cidade Administrativa, um investidor ou consórcio de empresas vai ganhar o direito de realizar as obras da terceira fase do estádio do Mineirão, ao custo de R$ 654,4 milhões, e ganhar a concessão para operar o negócio por 25 anos.
A fase consiste na licitação das obras com a abertura dos envelopes contendo as propostas e documentos de habilitação dos participantes. A expectativa do governo é que o contrato seja assinado até dezembro deste ano.
O gerente do projeto Copa 2014 do governo do Estado, Eder Campos, informou que 14 empresas nacionais de grande porte já manifestaram interesse. O prazo para apresentação das propostas comerciais vai até o dia 12 de agosto. A gente não tem expectativa no número de empresas, mas devem ser de dois a três consórcios participantes, afirmou.
Quem vencer a licitação poderá usar uma linha de crédito de R$ 400 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), com juros de 6% ao ano, acrescidos de 0,9% ao ano, mais spread de risco. O prazo para pagar é de até 15 anos.
Com a concessão, a rotina operacional do Mineirão vai mudar. A Ademg não vai operar no Mineirão, ela vai ficar na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, e no estádio do Independência, informou Eder Campos. No Mineirão, quem vai operar é a concessionária vencedora do edital de licitação.
Na gestão compartilhada, como está sendo chamada a parceria do governo de Minas Gerais com o setor privado, os clubes de futebol terão que negociar o aluguel, atualmente em R$ 5 mil por partida, com a concessionária. Eder Campos explicou que o Estado terá uma cota com 66 dias do ano para usar. Isso para quando os clubes e a concessionária não chegarem a um consenso de valores entre as duas partes. A bilheteria normal de 54.201 cadeiras é do clube que tem mando de campo, garantiu.
Eder Campos explicou ainda que o projeto contou com pesquisas da Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP). Ela fez o projeto de modelagem que envolveu desde uma pesquisa com o público-alvo até formação do portfólio de serviços, o modelo de negócios, até a proposta financeira que virou o edital da terceira etapa, informou.
Para o diretor geral da EBP, Hélcio Tokeshi, a próxima etapa é a reforma grande do estádio. Construir um novo anel de arquibancadas, construir uma área que vai ser usada pela imprensa e camarotes, um mezanino a mais, as reformas hidráulica e elétrica, ter área de lojas, restaurantes e serviços para as pessoas que estão lá, descreveu. Tudo isso será explorado pela concessionária durante 25 anos, prevê o contrato.
Eder Campos quer ampliar o uso dos atrativos do Mineirão também para dias sem jogos.
Datas e obras
Abertura dos envelopes com as propostas: 13/8/ 2010
Início das obras: dezembro de 2010
Entrega da obra: dezembro de 2012
O Complexo do Mineirão: assentos regulares, cadeiras VIP, camarotes, serviços de alimentação, memorial de esporte, lojas, publicidade e propaganda e espaços para eventos.
Os clubes: terão direito a operar 54.201 assentos regulares do Mineirão.
A concessionária: terá direito a explorar 13.605 assentos

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