As reclamações sobre a situação do Terminal Rodoviário têm sido cada vez mais freqüentes. Os formiguenses têm questionado as condições dos banheiros públicos, que têm permanecido fechados durante à noite, além de vários problemas físicos naquelas imediações, que agora é o novo ?point? da cidade, além de ser o cartão de visitas para quem chega a Formiga.
Para solucionar todas essas questões, a administração municipal está elaborando um pré-projeto de revitalização de todo o entorno da rodoviária. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Humano e Parcerias, Paulo César Rodrigues Costa, o projeto está no campo das idéias e discussões e será apresentado ao governo federal para que seja aprovado. ?Existe uma chance, uma promessa de aprovar esse projeto no Ministério do Turismo?, revela Paulo César.
Se o ante-projeto for aprovado, a administração vai partir para o projeto definitivo e será aberta a licitação para contrar a empresa que elaborará a planta. O secretário apresenta três pontos básicos para esse projeto. O primeiro é a adequação da feira livre, onde possa ter um espaço coberto e um local adequado para pessoas que manipulam carnes e peixes, em ambiente fechado.
A outra proposta é um novo local para o ponto dos ônibus municipais, pois, para o secretário, hoje o ponto dos coletivos no Terminal Rodoviário é inadequado, já que o pessoal tem que entrar nos ônibus ?no meio da rua?, debaixo de chuva e os veículos circulam na área onde transitam pedestres. A intenção é colocar o ponto em um local coberto e onde não haja a movimentação de transeuntes, evitando-se os riscos de acidentes, além de adaptar o local dentro da lei de acessibilidade para portadores de deficiência física.
O terceiro ponto e o principal é a revitalização da praça do coreto, com a adequação dos trailers, quiosques e bares, além da construção de banheiros e a colocação de mesas apenas na praça e não nas ruas e calçadas. ?São três problemas sérios que nós temos ali e precisamos resolver com urgência?, enfatiza Paulo César.
De acordo com o secretário, outra proposta é a recuperação de todo o asfalto no entorno da rodoviária e um espaço mais adequado para os pedestres. Existe também a idéia de se fazer um contorno com uma calçada para caminhadas nas imediações da rodoviária. O projeto contempla ainda um posto policial, denominado Posto de Observação e Vigilância (POV).
A intenção é concluir o projeto no primeiro semestre deste ano para que, até o final de 2009, as obras já estejam avançadas, se não concluídas. Ainda não é possível apresentar um orçamento para o projeto, uma vez que ele ainda está em fase de pré- elaboração e deverá ser adaptado aos recursos que forem disponibilizados.
Praia Popular também deve ser revitalizada
Um dos pontos turísticos e fonte de lazer dos formiguenses, o Parque Municipal Doutor Leopoldo Corrêa, mais conhecido como ?Praia Popular?, também precisa de revitalização para cumprir o papel para o qual foi criado. Um ante-projeto para a recuperação do parque já foi apresentado junto ao governo federal e aprovado pelo Ministério do Turismo.
Além de várias obras para restaurar o local, o projeto engloba a criação de um espaço cultural. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Humano e Parcerias, Paulo César Rodrigues Costa, o prefeito Aluísio Veloso/PT irá a Brasília nos próximos dias para resolver a questão, além de lutar por outros recursos.
O secretário acredita que o dinheiro não foi liberado por causa de mudanças de governo e outros problemas, como o contingenciamento de verbas, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e outros projetos que foram paralisados pelo governo federal. Assim, ele entende que os projetos que não saíram no ano passado devem ter sido arquivados e terão que ser reapresentados.

Mirante do Cristo
O primeiro ponto turístico a ser revitalizado foi o Mirante do Cristo, cujas obras já estão em fase final. Segundo o secretário Paulo César, houve um problema técnico pelo fato de a obra ser prestada junto com a Caixa Econômica Federal e, por isso, a obra não foi entregue à Prefeitura e ainda está ?nas mãos? da construtora. Ele conta que o problema foi de nuance de tonalidade de granito e foi necessário trocar algumas peças.
A licitação feita tinha 60 dias de prazo para a entrega da obra e o secretário achou que seria suficiente, mas, na verdade, não foi. Por isso, a empresa vencedora do processo licitatório desistiu.
Não é possível fazer uma nova licitação antes que a obra seja entregue, para não ocorrer problema novamente. ?Bom frisar que tudo que é a primeira vez é mais difícil. Nos 150 anos de Formiga, nunca houve um processo licitatório para a concessão de um bem patrimonial do município. Então nós apanhamos, apanhamos, estamos aprendendo, estamos aprendendo. O erro ocorreu na ânsia de se inaugurar a obra até o dia 31 de dezembro?, reconhece Paulo César.

COMPATILHAR: