A exemplo do que ocorreu na Cerimônia de Abertura, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) decidiu enviar uma delegação enxuta para o encerramento. Foram apenas seis pessoas, entre atletas, técnicos, dirigente e médica. A porta-bandeira foi a ginasta Rebeca Andrade, campeã olímpica no salto e vice-campeã no individual geral. O outro competidor presente foi Hebert Teixeira, ouro no boxe e mais animado nas danças durante o evento.

O tom da cerimônia de encerramento foi mais descontraído que o da abertura, em 23 de julho. Desta vez, as delegações entraram praticamente juntas por quatro acessos. A intenção foi simbolizar a união dos povos.

Os atípicos Jogos Olímpicos de Tóquio, realizados em meio à pandemia de COVID-19, terminaram com resultados históricos para o Brasil. No Japão, o país bateu o recorde de pódios conquistados e alcançou o melhor lugar (12º) no quadro de medalhas entre todas as edições de Olimpíada na Era Moderna, iniciada em 1896.

Ao longo dos dias de disputa, atletas do Time Brasil foram ao pódio 21 vezes no Japão – duas a mais do que nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Atletas brasileiros conquistaram sete medalhas de ouro (igualando o recorde de cinco anos atrás), seis de prata e oito de bronze.

Os vitoriosos Jogos Olímpicos de Tóquio para o Brasil foram um dos mais controversos da história. Realizado em meio ao avanço da pandemia de COVID-19 no Japão, enfrentou sérias críticas da população local. Nesse cenário, os organizadores e o governo japonês listaram 70 páginas de regras no “Playbook”, espécie de guia de comportamento para evitar a propagação do vírus.

Mesmo assim, a COVID-19 fez parte dos Jogos Olímpicos. Ao longo das três semanas de competições, foram 436 casos positivos de coronavírus – 286 residentes no Japão e 150 estrangeiros. Do total de contaminados, 33 são atletas atletas. Nenhum brasileiro está na lista.

O discurso de encerramento do presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, foi de alívio e agradecimento aos atletas. “Vocês nos inspiraram com este poder unificador do esporte. Isso foi ainda mais notável, dados os muitos desafios que vocês tiveram de enfrentar por causa da pandemia. Nestes tempos difíceis que todos vivemos, vocês dão ao mundo o mais precioso dos presentes: a esperança”.

A maioria da população japonesa (entre 60% e 80%, segundo pesquisas anteriores aos Jogos) foi contra a realização do evento durante um momento em que a pandemia se agrava no país. Os favoráveis, porém, estiveram nas instalações olímpicas e fizeram filas para ser fotografados em frente aos arcos do Estádio Olímpico. Neste domingo, uma multidão se aglomerou do lado de fora do local para tentar acompanhar a Cerimônia de Encerramento – embora os fogos de artifício fossem o máximo que pôde ser visto de lá.

No fim do evento, Tóquio passou o bastão para Paris, sede dos Jogos Olímpicos de 2024. O Estádio Olímpico ganhou as cores da bandeira francesa: azul, branco e vermelho. 

Em um vídeo com o presidente Emmanuel Macron, os franceses destacaram os principais cartões postais da capital. A bandeira da Olimpíada foi passada pela governadora de Tóquio para a prefeita de Paris. No telão, imagens de centenas de pessoas reunidas em frente à Torre Eiffel assistindo à cerimônia Por causa da pandemia, o ciclo olímpico desta vez será mais curto, de apenas três anos.

Fonte: MG Superesportes

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