Um ano e meio depois da regulamentação, pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), dos dispositivos de retenção infantis para transporte em veículos, pouco se fala no assunto e crianças continuam sendo carregadas soltas ou ao colo de adultos, correndo o risco de serem arremessadas em caso de colisão ou freada brusca. O tema foi normatizado pela Resolução 277 do Contran, publicada em junho de 2008, com prazo de um ano para que os órgãos de trânsito iniciassem campanhas educativas. Dezoito meses depois, elas existem, mas a divulgação é tímida e mesmo quem busca trabalhar no cumprimento da lei admite que falta informação para que a população se conscientize.
Em blitz, é comum vermos carros com a cadeirinha vazia e a criança ao lado. Aí perguntamos por que a criança está solta e os pais dizem que ela chora, faz pirraça etc. É uma questão de hábito e também de como os pais se posicionam, alerta a gerente do Núcleo de Educação para o Trânsito do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG), Rosely Fantoni. Outra situação é a mãe sentada atrás, com o cinto de segurança, e carregando a criança solta; ou com o cinto passando pelas duas. São erros gravíssimos, mas de orientação, pois nenhuma mãe vai querer que o filho funcione de airbag para ela, continua.

COMPATILHAR: