Os municípios de Araguari e Indianópolis, no Triângulo Mineiro, serão beneficiados com mais de 6 mil empregos diretos e indiretos até 2022, gerados a partir da instalação da maior fábrica de celulose solúvel do mundo.
O projeto controlado pela Joint
Venture LD Celulose S.A., formada pela brasileira Duratex e pela austríaca
Lenzig, obteve licença de instalação (LI) na Câmara Técnica Especializada
de Atividades Industriais, do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam),
nessa segunda-feira (23). Com isso, as obras da fábrica de matéria-prima para
produção de tecidos já estão autorizadas.
O empreendimento contará com investimentos de mais de R$ 4,5 bilhões e será
instalado na área florestal da Duratex. A expectativa é de que as obras sejam
finalizadas até 2022, quando a empresa espera iniciar a operação, gerando nesta
fase mais de mil empregos diretos.
A fábrica instalada no Triangulo Mineiro produzirá 450
mil toneladas/ano de celulose solúvel, a ser adquirida pela Lenzig e
exportada para o mercado asiático. Ela produzirá, em média, 77 megawatts (MW)
de energia elétrica renovável, a partir da biomassa de madeira resultante do
processo. No lugar de se tornar resíduo, o produto retornará como energia para
o sistema elétrico.
Segundo os investidores, será a maior linha industrial de celulose
solúvel do mundo.
O empreendimento obteve a licença prévia (LP), que avalia a viabilidade
ambiental, em junho de 2019, e agora a licença de instalação, permitindo o
início das obras. Ambos os processos foram avaliados pela equipe técnica
multidisciplinar da Superintendência de Projetos Prioritários (Suppri), com a
parceria técnica da Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram)
Triangulo Mineiro e Alto Paranaíba e da Unidade Regional de Gestão das
Águas Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Urga TMAP).
De acordo com a equipe multidisciplinar da Suppri, os estudos e projetos
apresentados pela consultoria Pöyry Tecnologia Ltda. têm qualidade nas
informações, o que propiciou aos analistas técnicos do Sisema a segurança necessária
à elaboração do Parecer Único que subsidiou a tomada de decisões da Câmara de
Atividades Industriais do Copam. “São detalhes que fazem a diferença em
qualquer processo de regularização ambiental”, afirma Rodolfo Fernandes,
gestor do Projeto pela Suppri.
De acordo com a Semad, tais processos mostram o avanço da desburocratização do licenciamento
ambiental que o Estado vem buscando, em que um empreendimento deste porte teve
dois processos de licenciamento analisados no prazo de um ano.
A análise já contabiliza todas as fases necessárias, como a realização de
reunião pública no município de Indianópolis, bem como a alteração, ainda na
fase de projeto, do sistema de captação de água e emissão de efluentes
líquidos, a partir do pleito do Departamento de Água e Esgoto (Demae) e da
Prefeitura Municipal de Uberlândia. Tudo feito com vistas à garantia da
qualidade da água a ser captada para abastecimento público.
“Este é um processo de regularização ambiental que demonstra o compromisso do
Governo de Minas: atrair investimentos, desburocratizar processos e, ao mesmo
tempo, aumentar a qualidade da análise dos aspectos ambientais”, afirma o
secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira.
Fonte: Segov ||