A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi apontada como a segunda melhor universidade do país pelo Ranking Universitário Folha, divulgado ontem pelo jornal Folha de S. Paulo, atrás apenas da Universidade de São Paulo (USP). Outras 22 instituições de ensino mineiras figuraram na lista, que foi dominada por escolas federais.
A boa colocação em um ranking que contou com 232 instituições brasileiras serviu para destacar uma das áreas mais conhecidas da UFMG: a pesquisa acadêmica.
Como o levantamento feito pelo jornal paulista teve como principal critério as pesquisas desenvolvidas pelas universidades, os 800 grupos de pesquisadores que atuam hoje na UFMG levaram a instituição a se destacar. Para avaliar esse item, 597 pesquisadores do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPQ) foram ouvidos. A universidade mineira tem 650 profissionais que integram o órgão.
Mais de 5% das pesquisas feitas no Brasil são da UFMG. São inúmeras pesquisas, inclusive na área tecnológica, voltada para soluções práticas, conta o pró-reitor de pesquisas da UFMG, Renato de Lima Santos.
O ranking também levou em consideração os critérios qualidade de ensino, avaliação de mercado e inovação. A UFMG teve bom desempenho em todos os pontos analisados. Para Santos, no entanto, os itens estão relacionados. Para o público em geral, parece que existe uma dicotomia entre pesquisa e ensino, mas isso não é verdade. Essa relação é muito forte, diz.
Estímulo
O pesquisador de filosofia política e coordenador da pós-graduação em filosofia da UFMG, Helton Adverce, vê no incentivo dado aos docentes o principal motivo do reconhecimento. A nossa pesquisa está equiparada às principais escolas do mundo. E isso se reflete na sala de aula, afirma, ressaltando que ainda há deficiências. A burocratização e até as dificuldades que as agências de fomento às pesquisas impõem aos docentes dificultam o trabalho.

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