Líderes da União Européia aprovaram, nesta sexta-feira (12), o pacote de 200 bilhões de euros ? 1,5% do Produto Interno Bruno (PIB) do grupo – destinado a ajudar os países do bloco durante a crise financeira mundial. Segundo o texto assinado pela UE, o plano tem como objetivo sustentar a demanda e combater a perda de dinamismo econômico.
O documento foi apresentado na manhã desta sexta, ao fim de uma reunião em Bruxelas (Bélgica) com os líderes. Na noite da quinta-feira, no entanto, o premiê italiano Silvio Berlusconi havia adiantado a aprovação do plano.
De acordo com o documento, o pacote trará uma contribuição decisiva para a volta rápida da economia da região ao caminho do crescimento e da geração de emprego. A União Européia agirá de maneira unida, forte, rápida e decisiva para evitar uma espiral de recessão e sustentar a atividade econômica e o emprego, diz documento.
Nele, está contemplado ainda que o bloco europeu irá mobilizar todos os instrumentos disponíveis e atuará de forma concertada para ampliar o efeito das medidas tomadas pelo grupo e isoladamente pelos integrantes da União Européia.
A maior parte desses fundos – 170 bilhões de euros – terá que sair dos orçamentos nacionais, enquanto os cofres do bloco e do Banco Europeu de Investimentos (BEI) deverão fornecer o resto.
A Comissão Européia (CE) ofereceu aos países um catálogo de medidas -que implicam aumento dos gastos ou redução da receita -, entre as quais figuram ações de apoio aos setores mais afetados pela crise – como os de automóveis e construção -, reduções de impostos, diminuição das cotações sociais ou ajudas diretas às famílias.
Aplicação e revisão
Os representantes da Europa pretendem revisar a aplicação do plano de estímulo a partir de março de 2009 e adaptá-lo se houver necessidade. O pacote conta com apoio da Alemanha, o país mais reticente até agora em relação a aumento o gasto público. Conforme a Comissão Européia, a zona do euro como um todo já está em recessão e deve continuar nesta situação em 2009.
Pelo documento em discussão, dá-se liberdade a cada país para optar por uma elevação do gasto público ou reduções de pressão fiscal, entre outros pontos. Os líderes europeus se comprometem a retornar ao equilíbrio orçamentário quando a situação econômica normalizar-se.

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