Uma comitiva de secretários, acompanhados do prefeito Aluísio Veloso/PT e do vice-prefeito Antônio Metralha/PSB, visitou na manhã de terça-feira (25) as obras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que foram iniciadas esta semana, no terreno atrás da Santa Casa de Caridade de Formiga.
A obra está sendo executada pela Cubo Engenharia e Empreendimentos Ltda., que venceu o processo licitatório com o preço de R$1.226. 979,83. Segundo a secretária de Saúde, Luiza Flora, são seis meses de obras previstas no contrato, mas ela acredita que serão necessários uns dois meses a mais por causa das chuvas, assim, a obra deve ser concluída em, no máximo, oito meses.
A limpeza e terraplanagem do terreno onde está sendo construída a Unidade de Pronto Atendimento ocorreram no final do ano passado. De acordo com o projeto de engenharia, o terreno tem 2.897 metros quadrados e a construção será de 1.283 metros quadrados.
Os servidores do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) iniciaram na manhã de quarta-feira (26) os trabalhos de construção da rede de água e esgoto da UPA, que devem terminar nesta sexta-feira (28).
Em função da obra, o estacionamento e parte do acesso ao Pronto Atendimento Municipal (PAM) estão impedidos. Entretanto, a passagem de ambulâncias, carros de polícia e com pacientes está liberada. O Departamento Municipal de Trânsito está auxiliando e orientando os condutores de veículos que precisam chegar ao local.
Estrutura da UPA e melhorias
Segundo Luiza Flora, a estrutura da UPA conta com uma sala específica para traumatismos, ?porque o paciente chega com trauma ele vai ter uma sala própria, que vai estar próxima ao raio-x e próxima à sala para algum procedimento cirúrgico, pequenas cirurgias e próxima à ortopedia, se tiver que fazer alguma imobilização, ou para ir para a Santa Casa ou pra ir para outro hospital, vai ser tudo assim interligado. Uma parte separada que a gente chama assim de pacientes limpos, que são pacientes que vêm que estão com febre há muito tempo, procedimentos que não precisam de emergência?.
A redação do jornal Nova Imprensa e do portal Últimas Notícias indagou sobre o corpo funcional, se vão ser contratados novos profissionais. A secretária de Saúde disse que, se for levar em consideração o tamanho, os espaços, haverá novas contratações, porque as observações não serão interligadas. ?Hoje, você vê o mesmo funcionário ele passa na mesma porta de uma observação, então ele pode ter condições de estar monitorando aquele paciente. Nesta aqui [UPA] não vai ter, porque vão ser reservados, vão ser separados. A observação masculina e feminina, a área de medicação. Nos nossos cálculos, a gente vai ter sim que aumentar o corpo funcional. Mas, se realmente a gente for ter o custeio como está previsto, a gente vai estar elaborando especificamente, treinando o pessoal especificamente, porque a cidade de Formiga vai fazer parte da Rede de Urgência de Emergência do Estado, então a gente vai se preparar, e entra a unidade do Samu também. Por enquanto, a gente não sabe ainda como vai funcionar isso, porque agora que eu vou receber a segunda parcela do dinheiro?.
Luiza Flora revelou que existe uma negociação do prefeito com o dono do terreno próximo de onde está sendo construída a UPA e, caso esse terreno seja adquirido, o Laboratório Municipal seria construído no local e poderia atender 24 horas.
Questionada se a UPA resolveria parte do problema da saúde em Formiga, Luísa Flora disse que não. ?A UPA não é para resolver questões de tratamento, a UPA é para dar mais conforto, um espaço mais tranquilo, uma equipe maior e mais bem preparada e para diminuir os agravos. Tantos os agravos daqueles pacientes que precisam de ser transferidos e que precisam de certa mobilização, a função dessa UPA é para isso?, explicou.
?É por isso que eu digo, a saúde não pode ficar fazendo ?puxadinho? e nem pode ficar alugando lugares que não sejam adequados. Porque o espaço, o lugar é importante para que, na hora de um acidente, a pessoa saber conduzir o paciente, é para diminuir porque eu acho que a nossa função de fazer saúde é de diminuir os agravos. Porque uma pessoa que chega politraumatizada, que chega com uma dor abdominal, que precisa de uma cirurgia ela tem que sair daqui meio caminho andado, já com o outro médico sabendo o que fazer. Porque hoje a gente já atende a urgência e emergência em parte da Santa Casa, que é alugada, que são 200 metros quadrados?, completou Luiza Flora. O valor do aluguel está em torno de R$7 mil.
Segundo Luiza Flora, hoje, são atendidas no PAM cerca de 5 mil pessoas por mês, entre essas pessoas existem agravos, existem pessoas que chegam politraumatizadas e pessoas com uma simples febre. ?A intenção da construção da UPA é para que haja mais conforto, mais espaço, haja um lugar mais estruturado, que acho que isso é importante para a questão de saúde?, conclui Luiza Flora.

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