Mesmo com muitas dificuldades por causa dos desfalques, o Palmeiras conseguiu um empate em 1 a 1 com o Atlético-MG no Mineirão, neste domingo. Diante das circunstâncias, o resultado acabou sendo bom para a equipe paulista, que foi pressionada durante boa parte do jogo. Por outro lado, com apenas um ponto conquistado, o time de Vanderlei Luxemburgo vai a 17 e deixa a zona de classificação para a Taça Libertadores. Já o Galo, com 11, segue em posição intermediaria.
O time paulista entrou em campo sem o meia Valdivia e o atacante Kléber, ambos suspensos, os zagueiros Gustavo, Deivid e o lateral-direito Elder Granja, lesionados, além do lateral-esquerdo Leandro que discute sua renovação de contrato.
Só dá Galo no primeiro tempo
O Atlético impôs um ritmo alucinante à partida desde o início. Tanto que com dez minutos de bola rolando, o goleiro Marcos já havia operado um milagre numa cabeçada do seu xará do Galo, aos quatro, e ainda viu a bola bater em sua trave direita, num chute de Eduardo, aos dez.
De tanto insistir, a equipe mineira acabou abrindo o placar aos 11. Danilinho cobrou escanteio da direita e Eduardo subiu mais que a zaga palmeirense para escorar de cabeça no canto esquerdo. Marcos nem pôde esboçar reação.
Aos poucos, o Palmeiras foi se assentando em campo, diminuindo a pressão adversária. No entanto, apesar de ter a bola nos pés, o time de Vanderlei Luxemburgo não conseguia criar alguma jogada mais perigosa. Sem seu principal armador, o chileno Valdivia, o Verdão foi um time sem criatividade.
Somente aos 25 é que a equipe do Palestra Itália conseguiu acertar um cruzamento na área. Alex Mineiro disputou no alto com Vinícius e acertou uma cotovelada na cabeça do zagueiro, que sofreu um corte profundo e teve de ser substituído, pois os médicos não conseguiram estancar o sangramento.
O domínio da posse de bola não significou muita coisa para o Verdão, já que o Galo, marcando forte, conseguia retomá-la para explorar contra-ataques. As descidas de César Prates pela esquerda incomodaram muito os paulistas. O lateral do Galo levou vantagem na disputa com Fabinho Capixaba, lateral-direito do Palmeiras, na maior parte da primeira etapa.
Perigoso, o Galo perdeu grande chance para ampliar. Aos 31, a bola é cruzada da esquerda. O lateral palmeirense Jefferson dá uma voadora e acerta o rosto de Eduardo dentro da área. Pênalti. Na cobrança, aos 33, Renan arrisca a paradinha, mas pega mal na bola e chuta fraco, rasteiro, no canto direito. Marcos pula e pega.
Somente aos 43 minutos é que o goleiro Edson, do Galo, teve trabalho. Diego Souza cobrou falta de longe. A bola saiu rasteira e o camisa 1 teve trabalho para encaixá-la.
Ainda havia tempo para o Galo ameaçar. Marcando mal, o Palmeiras viu Danilinho entrar em sua área driblando quem apareceu em sua frente, aos 44. Quando o atacante finalmente foi travado, a bola sobrou para o boliviano Castillo emendar de esquerda. O goleiro do Verdão salvou com a ponta dos dedos.
Diego salva
No segundo tempo, as deficiências do Palmeiras continuaram evidentes. Sem um pingo de lucidez no meio-de-campo, o time paulista abusou dos erros de passe e deu chance para o Atlético atacar sempre com perigo. Tanto que Marcos trabalhou muito mais que o seu colega Edson.

Logo aos nove minutos, o goleiro pentacampeão defendeu um chute à queima roupa de Eduardo. O Galo continuou em cima, mas foi diminuindo o ritmo aos poucos. O Palmeiras só conseguia ameaçar em jogadas de bola parada. Como numa cobrança de falta de Gladstone aos 30. A bola passou por cima.
Aos 35, César Prates, que fazia uma boa partida, deu mancada ao chutar a bola para longe depois que o juiz havia parado jogo marcando uma falta. Como já tinha o amarelo, acabou sendo expulso de campo numa jogada infantil.
Na seqüência, aos 36, Diego Souza cobrou falta de pé direito, com muita precisão, e acertou o ângulo direito. Um golaço. Mesmo jogando mal, o Verdão igualava o placar.
Com um jogador a mais, o Palmeiras teve espaço para atacar, mas não conseguiu se aproveitar. Aos 43, Denílson recebeu livre pela esquerda e em vez de tentar um chute firme, optou por um toquinho para encobrir o goleiro. Abusou e errou. Já o Galo, mais na base da vontade, tentou sair para o ataque, mas faltou capricho nos passes.

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