O vereador de Divinópolis Matheus Costa (PPS) virou réu em um processo que o acusa de estupro. O fato teria ocorrido em 2016. De acordo com a movimentação processual disponível no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a denúncia foi recebida pela 3ª Vara Criminal de Divinópolis no dia 1º de março de 2019.
O vereador tomou posse no Legislativo no início de fevereiro. No dia 20 foi nomeado como membro da Comissão de Assistência Social, Mulher, Igualdade Racial, dos direitos da Criança e do Adolescente, da Pessoa idosa e com Deficiência.
O processo tramita na Justiça desde fevereiro de 2017. No entanto, esta é a primeira vez que a denúncia é aceita pela Justiça.
A reportagem não conseguiu contato com o juiz substituto Christiano Cesarino, atual responsável pela 3ª Vara Criminal após o afastamento do juiz titular, Dalton Soares Negrão, por problemas de saúde.
O vereador afirmou que ainda não foi notificado. Durante a reunião ordinária da Câmara nesta quinta-feira, ele utilizou seu pronunciamento para falar sobre o assunto.
“Essa situação se deu há dois anos quando uma garota me acusou de ter forçado uma relação com ela num motel. Prestei conta do caso e afirmo que conseguirei mostrar a verdade. Ainda não fui intimado”, afirmou.
A presidente da Comissão Assistência Social, Mulher, Igualdade Racial, dos direitos da Criança e do Adolescente, da Pessoa idosa e com Deficiência, Janete Aparecida (PSD), pediu o afastamento do vereador de seu cargo na comissão.
A Câmara Municipal de Divinópolis afirmou que não se pronunciará sobre fato, pois não foi comunicada oficialmente. Afirmou ainda que o fato “diz respeito ao próprio edil”
O caso
De acordo com o boletim de ocorrência lavrado pela Polícia Militar, o fato ocorreu na madrugada do dia 18 de dezembro de 2016. Matheus não era vereador na época.
Na ocasião, a vítima, uma jovem então com 24 anos, afirmou que estava em uma festa no Parque de Exposições de Divinópolis, trocou beijos com Matheus e foi convidada a ir com ele até um motel do qual ele é proprietário.
Conforme o boletim, a jovem afirmou ter se negado a manter relações sexuais com o acusado e, após isso, Matheus teria passado à força-la, a segurando e consumando o ato, sem o uso de preservativo e sem consentimento.
Após o suposto fato, a vítima afirmou ter sido deixada próximo à sua residência e, depois da saída de Matheus do local, pedido ajuda a uma testemunha. Segundo a PM, a jovem foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Padre Roberto na ocasião.
A delegada responsável pela Delegacia da Mulher em Divinópolis, Gorete Rios, afirmou que a jovem foi atendida na delegacia à época. Contudo, afirmou que todos os laudos foram encaminhados à Justiça e que, por isso, a Polícia Civil não pode dar maiores informações.
Fonte: G1 ||
