O corpo a corpo entre o Executivo e o Legislativo deve tomar um novo rumo a partir desta semana.

Da notificação judicial de lavra do Executivo contra alguns membros do Legislativo, em especial contra aqueles que prometeram ao Sindicato e seus filiados, obstruir toda e qualquer reunião sempre que o acordo firmado pelo prefeito – no que toca a pagamento de salários – estiver descumprido, ainda que em parte, deverá surtir um desses dois efeitos:

1 – a aprovação de todos os projetos ainda pendentes de estudo na Casa; ou,

2 – o acirramento dos ânimos com o resultado mais que conhecido a partir da análise das tais comissões que precisam emitir seus pareceres, antes do encaminhamento para as votações.

Em qualquer das hipóteses aventadas, nos parece que a população poderá sair perdendo.

Não só ela, mas eles também. Em ano eleitoral ninguém quer se expor a tal ponto. Nem o Executivo que precisa realizar obras, e muitas, se quiser cumprir ao menos parte do que prometeu em campanha, já que a bem da verdade fez muito pouco ou quase nada daquilo que alardeou; nem os legisladores, em especial os que se preparam para renovar suas candidaturas ou alçar voos mais altos na política.

Lá fora, o povo que, aliás, ultimamente não está assim tão lá fora e muitas vezes tem até conseguido encher as poucas cadeiras disponíveis no acanhado plenário da Câmara, via redes sociais vai tentando armar algumas formas de pressionar os governantes, das duas casas, Legislativo e Executivo, a entenderem que os tempos são outros e é chegada “a hora da onça beber água”.

Até na vizinha Oliveira, terra de onde não se fala tão bem da água ali servida, a onça pelo jeito matou sua sede de vingança!

Aqui pelo jeito, tem muita gente torcendo para que o felino (onça) substitua o canino (lobo) e como diz o sensato Paulo Pacheco, é preciso ter muito cuidado.

Temos que escolher bem na hora de votar e não será pelo nivelamento dos salários, por baixo ou por cima, que garantiremos uma Câmara e um Executivo à altura do que merecemos.

Em regime democrático, não nos esqueçamos, vence quem consegue melhor posicionamento no ranking dos votos. E muitas vezes, o vencedor, o eleito, o diplomado, como aqui já aconteceu, pode até perder para os que votam em branco ou anulam seu voto.

Portanto, esta não é uma escolha correta. Anular não é a solução.

Assim sendo, não anulemos as chances de muitos que podem sim, exercer com dignidade e honradez os cargos por eles pleiteados.

Generalizando, não nos esqueçamos de que se na política brasileira, estadual ou local, há alguns picaretas ou pilantras, isto se dá exatamente porque os bons se afastam da política e assim agindo, cedem lugar àqueles…

Ainda há tempo para refletirmos a respeito. A hora é de cobrar, de exigir compromisso com novos caminhos, com a verdade e com a busca de soluções que nos permitam sair da m… em que nos meteram. Aqui, no Estado e na União!

O voto correto, consciente é a única e mais eficaz arma para se obter esta vitória. Pensem nisto!

 

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