Da Redação

A Prefeitura definiu, na sexta-feira (27), as primeiras ações que serão realizadas para recuperar as lagoas do Josino e Fundão.

As medidas foram apresentadas por membros do Departamento de Gestão Ambiental ao prefeito Eugênio Vilela e ativistas ambientais da cidade.  Entre as ações serão realizadas vistorias nas fossas e/ou esgoto das  residências nos arredores das lagoas, monitoramento e análise das águas, dentre outros.

Proliferação de plantas aquáticas

As lagoas do Fundão e Josino foram tomadas por proliferação de plantas aquáticas. Em determinados locais, já cobriram grande parte das superfícies dos lagos. Sabidamente, o surgimento de determinada vegetação no leito dos rios e lagos, muita das vezes é um indicador de que agentes poluidores estão agindo e “matando” tais reservas de água.

No início do mês, membros da diretoria do Country Clube se reuniram com o secretário de Infraestrutura, Arnaldo Gontijo, para buscar uma solução para o problema das lagoas.

Um projeto de recuperação, intitulado “Salve a Lagoa” também foi entregue ao prefeito pelo biogeógrafo Vladmyr Soares de Souza e o educador físico Américo Portela Neto (Netinho Portela), que se colocaram à disposição para implantação.

Projeto da Gestão Ambiental  

O projeto definido pelo Departamento da Gestão Ambiental foi elaborado e apresentado pelo secretário de Infraestrutura, Arnaldo Gontijo, a diretora adjunta do departamento de Gestão Ambiental, Giovana Borges Rocha, o assessor de engenharia ambiental, Felipe Basílio Muniz, a bióloga e chefe da divisão de fiscalização ambiental, Vanessa Cristina Elias, e o coordenador de políticas de turismo, Thadeu Alencar.

(Foto: Divulgação/Secom)

Eugênio determinou que as medidas sejam tomadas imediatamente. Os ativistas ambientais presentes no encontro foram Vladmyr Soares, Michael Silveira Thebaldi e João Adolfo Segundo.

Também foi tema da reunião a situação das garças que ocupam árvores no Centro da cidade. O prefeito informou que terá uma reunião nesta semana com o Ministério Público para debater a melhor solução para que as garças sejam conduzidas para fora do perímetro urbano.

Confira abaixo as ações que serão realizadas:

– Realizar vistorias em todas as residências nos arredores das lagoas para verificar a situação das fossas sépticas ou esgotamento sanitário. As vistorias deverão ser realizadas por meio de um fiscal da Secretaria de Gestão Ambiental e um técnico do Saae, ambos acompanhados por um membro da Polícia Ambiental, de forma a dar o suporte necessário para a entrada nas residências. Ao final de cada vistoria deverá ser emitido um relatório escrito e fotográfico de cada imóvel separadamente.

– Por meio da Feam e do Saae, deverão ser realizadas amostras da água de ambas as lagoas e um posterior monitoramento da mesma. Havendo indícios de balneabilidade alterada, avisos deverão ser colocados nas imediações das lagoas, alertando a população que a água estará imprópria para banho.

– Em complemento ao parágrafo anterior, a Secretaria de Gestão Ambiental deverá solicitar uma cooperação do Unifor para que análises das águas das lagoas sejam feitas quinzenalmente ou mensalmente, de acordo com a necessidade dos sistemas lacustres.

– A Secretaria de Obras deverá fazer um levantamento das ruas nos arredores das lagoas que se encontram sem calçamento, e o mais breve possível, resolver a situação, visto que o processo de assoreamento está intimamente ligado ao carreamento de sedimentos do solo.

– A Secretaria de Gestão Ambiental e a Secretaria de Planejamento, Coordenação e Regulação Urbana, deverão fazer vistorias nas imediações das lagoas, de modo a identificar pontos de áreas degradadas com indícios de voçorocas e pontos críticos de carreamento de sedimentos, de modo a identificar os proprietários, e posteriormente encaminhar o relatório das vistorias ao Ministério Público para que o mesmo notifique os proprietários para a execução de um PRAD (Plano de Recuperação de Áreas Degradadas) a ser realizado no local.

 

Fonte: Secom/Formiga ||

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